Sítio Entoá

Permacultura e Produtos Naturais desde 2004

Nossa História

Relato de nossa trajetória

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Início da nossa história – Foto: Sítio Entoá / 2005

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Quando a gente comprou o terreno na Lapinha em 2004, não tinha a mínima ideia do tanto que isso ia mudar nossas vidas… O início do nosso namoro foi aqui, já juntando as pedras para o alicerce da casa. O Gustavo tinha acabado de comprar o terreno em abril, e nós começamos a namorar em junho, dançando batuque no dia dos namorados. “Se num fô pra nois casá, namorá também não quero…”

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E a gente, que tava doido pra largar a vida em BH pra morar no mato, acabou se apaixonando por esse lugar lindo, por esta gente querida da Lapinha. Gente que soube viver sustentável por tantos séculos, isolada nesta serra que não tinha estrada e que por isso, até desenvolveu um jeito autêntico de falar… imagina quanto eles tinham pra nos ensinar! A gente não aguentava esperar para vir morar… Imagine! Trabalhar a vida toda na cidade pra só vir depois de aposentar… E foi assim
que viemos, pra esse mato, sem cachorro, sem luz, sem água… começar a ocupar este cerrado num estado de camping eterno. Tínhamos muito respeito pelo lugar que estávamos ocupando, pra causar o menor impacto possível no ambiente, na relação com as pessoas e com os bichos que apareciam… Por isso que chamamos o sítio de Entoá, pois, além de ficar na região do Toá, na Lapinha, é também um lugar pra entoar uma nova vida, vibrar por um mundo novo reinventando com mais harmonia a forma de viver neste planeta.

Fazíamos mutirões de construção com os amigos, escambo com os moradores antigos, construindo com o que tínhamos na mão, transformando o que encontrávamos nas caçambas de BH e aprendendo com a sabedoria lapinhô. Depois, em 2005, fomos para o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, e descobrimos que o que a gente tava fazendo tinha um nome: Permacultura. Era o instrumento que a gente precisava de pesquisa para por em prática o nosso sonho de construir o sítio com respeito e integração. O Gustavo passou uns tempos no IPEP (um centro de permacultura dos pampas) e voltou surtando e contagiando todo mundo a nossa volta!

Nessa história se agregaram muitos amigos que estavam nesta onda de trocar as experiências teóricas da universidade pela vivência com a chibanca e a enxada. Surgiram também os amigos dos amigos. Começamos a por em prática tudo o que podíamos no esquema de aprender fazendo, sem esperar estudar muito pra começar, sem medo de errar pra poder aprender. É o que a gente chama de permacultura intuitiva, ou permacultura naToral. É fazer na tora, sem esperar muita teoria não, mas pra isso também não pode ter medo de errar e ter que construir de novo, pois isso acontece algumas vezes no caminho rsrsrs

É que nosso mundo hoje tá muito preso na teoria, as pessoas ficam com medo de começar, pensam que nunca estão prontas, que não estudaram bastante, querem fazer tudo perfeito da primeira vez e aí vão adiando os sonhos… é claro que um mínimo de conhecimento é fundamental, mas quando a gente está no caminho, a própria vida vai trazendo aquele livro… aquela pessoa… tem que começar!

Tempo 22

12 anos depois… Sítio entoá /2016. Foto: Nidim Sanches

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ECOVIDA SÃO MIGUEL – 7 ANOS

Em 2006 conhecemos o Sr. Harpaluz, um raizeiro e benzedor que morava há alguns anos na Lapinha. Ele era o conselheiro espiritual do lugar. Havíamos vivido um acidente terrível de ônibus no início de 2006 e fomos lá pra ele nos benzer. Ele nos reconectou com as plantas medicinais, a cura e a espiritualidade. Muita gente pergunta por que nosso grupo é Ecovida São Miguel… são muitos motivos… o sítio da minha família em Moeda, onde realizávamos recreações e atividades culturais com a comunidade desde 2002 se chama São Miguel. Mas a presença do Arcanjo Miguel não para por aí. 10 minutos antes do acidente do ônibus, fizemos uma oração para Miguel e sentimos uma forte presença nos amparando. E quando conhecemos o Harpaluz, ele trabalhava justamente com Miguel, em suas benzeções. Não teve escapatória, é ele quem está à frente de nossas atividades. Permacultura espiritual, holística, sem religião, em conexão com as forças divinas e elevando a terra ao céu.

Em outubro de 2007 já havíamos consolidado melhor o grupo com diversos núcleos de atividades na Lapinha, em Moeda, em Belo Horizonte e em outros lugares de Minas, tinha o Centro Cultural da Lapinha, já tínhamos promovido diversas vivênciBanner_Flor_Permacultura_Filme8as de bioconstrução, interação com as comunidades, feiras de trocas, recreações… então sentimos a necessidade de convergir todas as atividades em uma só. Nasceu o Instituto de Permacultura Ecovida São Miguel, que atualmente atua na Lapinha com as atividades do Sítio Entoá, Jardim dos Cristais, Espaço Cultural Ambiente Vivo, Projeto de Sinalização Educativa e apoio à Ecoblitz. Em Belo Horizonte com o Curso de Permacultura Urbana, Abraços de Luz e atividades de Saúde Holística. Em Macacos com o sítio Aondé. Em São Gonçalo do Rio das Pedras com os sítios LARboratório – Guia de Permacultura, Céu e Terra, Casa Comuna. No sul de Minas com o Pouso da Mãe d`oro. No sul do país com o Projeto AgroEcoItinerante. E ainda nas itinerâncias com o Ecovida na Índia, o Pedal Ecovida e diversas outras atividades…

A Ecovida não é uma ecovila, como muitos imaginam. O Sítio Entoá, por exemplo, é a casa da minha família, onde moro eu (Chris), Gustavo e nossas filhas Ana Rosa e Flora.

A missão do grupo é levar este modo de viver mais consciente para onde quer que a gente vá! Encorajar mais pessoas a despertar, a questionar os hábitos de vida ditos como “normais” e viver o que realmente importa para si e para todos.

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